05/04/2011

Filmes Viedoclípiticos, Clips Cinematográficos

Filmes épicos, quando bem executados (claro), são divinos. Adoro Elizabeth. É forte como exigem os filmes do gênero, com sua estética dramática e aquela que considero uma das mulheres mais poderosas do cinema, Cate Blanchett. Ainda sobre os épicos memoráveis elejo o meu preferido: Ligações Perigosas, com uma Glenn Close ardilosa e um John Malkovich mal caráter, destilando veneno para todos os lados. Fechando o pacote filmes de época, adoro todos da Jane Austen (Orgulho e Preconceito, Razão e Sensibildade, por aí vai) e Adoráveis Mulheres (este faz parte daquele “seleto” grupo de películas cujos títulos originais são muito melhores, nesse caso “Little Women”).

Agora mais do que os filmes épicos, eu tenho uma queda especial pelos épicos “transviados”.
Essa categoria tende a mesclar elementos tradicionais e modernos, armaduras e substâncias alucinógenas, tule e rock’n roll. Filmes videoclípiticos, clips cinematográficos.




Romeo + Juliet, by Bahz Luhrmann

Acho que a cena do aquário, quando Romeu (di Caprio) vê pela primeira vez Julieta (Claire Danes), foi a cena que mais vi na minha vida, para desespero da minha irmã (como mais velha, meu pai sempre me concedeu poder de escolha, inclusive sobre o controle remoto). Mas o melhor de tudo é que essa cena tão romântica vem embalada em um contexto lisérgico, com direito a inimigos sacando armas num duelo, falando em inglês arcaico “desembainhem suas espadas!”. E como não se contagiar com Mercutio travestido  descendo as escadarias cantando “young hearts, run freeeeeeeeeeee...” no baile a fantasia dos Capuletos? Hum? Eu me rendo, é exatamente disso que eu gosto.


Mercutio se acabando no baile dos Capuletos


Trailer oficial

Maria Antonieta, by Sofia Coppola

Strokes, New Order, The Cure? Tem sim, senhor! Diferente de Romeo + Juliet, que é ambientado nos dias de hoje, Maria Antonieta é totalmente século XVIII na “estampa”, mas não na postura, para nossa alegria. Kristen Dunst encarna uma mulher atualíssima vestindo corselet e usando penteados arquitetônicos....e comendo cupcakes, ficando ébria, emitindo opiniões, dançando, se permitindo. A estética colorida, feminina e açucarada do filme faz contraponto ao difícil processo de transformação de uma menina em rainha. Mas sem dúvida a cereja do bolo é a trilha. Marie Antoinette rocks! 
Dica: quando assistirem o filme, fiquem de olho na cena frufru de roupas e sapatos. A Sofia Coppola colocou estrategicamente um All Star no meio de tudo :)



Maria Antonieta rocking no século XVIII



Por Júlia Sobral

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